Fiu Negru

Fiu Negru, de Luanda para o mundo, é uma marca aplaudida de pé pela DIVO.

Como é que a moda entrou na sua vida?

Sempre fui amante do mundo da moda, apesar de não o seguir cegamente, sempre tentei fazer a minha própria moda. Mas confesso que quando fui para Londres viver, o que era paixão virou amor. Visto que Londres é considerada uma das capitais da moda, vivi e respirei moda e diferentes culturas. O curioso foi ver que, mesmo com o impacto da globalização, muitas culturas continuaram intactas no que diz respeito a hábitos e costumes.

O que nos conta da sua emergente carreira?

Estou apenas há um ano e meio no mercado. Felizmente foi o suficiente para ser nomeada duas vezes consecutivas para designer do ano [nos Troféus Moda Luanda], ter vendas esgotadas num dia, mais de 12 mil seguidores nas redes sociais, incluindo estrangeiros, e estar a caminho do meu quinto desfile. Neste momento também tenho uma parceria com a Casa Paris, uma loja de luxo angolana que está no mercado há 15 anos.

Como nasceu a marca Fiu Negru?

Comecei a minha linha de roupa quando ainda estava a tirar o meu curso de Marketing, em Londres. Com o intuito de dar o meu contributo à sociedade da melhor maneira que sei, pesquisei o que achava que fazia falta, no que dizia respeito à moda nacional. Quanto mais procurava, mais apaixonada ficava pelos tecidos africanos. Então, a ideia inicial foi usarmos o nosso tecido-mãe de forma moderna, sem atropelarmos a nossa cultura.

E a origem do nome?

Fiu Negru remete para o nosso passado, é o elo que temos com os nossos antepassados até à época actual.

Inspira-se em…

Inspiro-me em tudo. Felizmente no ensino secundário estudei artes e desenvolvi a capacidade de olhar para um objecto ou uma situação e imaginar uma coleção completa. Por norma, cada coleção minha tem uma trilha sonora, e até a coleção estar acabada, oiço essa mesma trilha vezes e vezes sem conta.