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As casas da esquina do mundo
Fica na Turquia e tem a mão do designer Marcel Wanders. Quasar Istanbul pode muito bem ser o melhor lugar para se viver.
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O mundo mudou. Os centros de decisão também estão a mudar. A América e a Europa já tiveram a sua vez e o seu tempo. Agora falam de África e Ásia. E que melhor sítio para se viver que o ponto nevrálgico mas-em-bom entre ambas? No novo umbigo do mundo.
Esta é uma história de duas potências. Istambul tem sido recorrentemente ao longo da longa história alavanca ou travão nos destinos da Humanidade. Se tivermos que traçar à vol d’oiseau uma linha fronteira entre estes continentes, a linha irá como que automaticamente cair pela Turquia.
A Turquia e os seus arredores estiveram sempre nas quebras temporais importantes, no fim oficial da idade média, no despertar da idade moderna e parece começar a aparecer outra vez.
Se for real a premonição de muitos iluminados das ciências e das filosofias, a de que o paradigma mudou, então a fronteira entre os dois novos potentados cai aqui, em Istambul. Aqui é o melhor lugar para se estar.
O designer Marcel Wanders é a segunda potência desta história. Como qualquer potência, não carece de explicação ou definição, é um portento per se, um verdadeiro primus inter pares, na qualidade do trabalho, na quantidade de projectos e nas encomendas ao redor do mundo.
Ambas as potências resultam de uma fórmula tão simples quanto universal, o ser-se produtivo, rico e desejável.
Em Istambul, uma urbanização residencial por Marcel Wanders é bem prova de tudo isto. Com previsão de abertura definitiva em 2016, o Quasar Istanbul ocupa o espaço de uma antiga destilaria de conhaque. E se desta resta pouco ou quase nada, parece que os vapores alcoólicos continuam muito por lá, tal é o estalo de fantasia com que Marcel a decorou.
Foi especialmente ao factor east meets west e ao reboliço que treme aquela parte do mundo, que o artista foi buscar inspirações: o layout dos espaços é moderno no cerne, mas sublinhado com mensagens subtis orientais, como o azulejo ou mosaico, padrões naturalistas mas depurados e um conforto sensual típico que remete para as odaliscas, os sultões e as arábias.
O projecto tem sido meritoriamente premiado e percebe-se bem porquê depois de o ver. Quer mais? Veja por si. Alá, Deus, Vishna ou Buda connosco, ali na casa mesmo ao virar o mundo, numa esquina.