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London’s Mr Classic

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Em 1979, Jeremy Hackett juntava-se a Ashley Lloyd-Jennings e fundavam a primeira loja da Hackett London, em Portobello Road. Hoje, é uma das marcas britânicas com maior sucesso em todo o mundo, com lojas espalhadas pelos cinco continentes.


A Hackett London já tem 36 anos de existência. Que balanço é que faz deste período?


Acho que é óptimo, porque tem sido um negócio bastante sustentável. Na verdade, a maioria das pessoas fica surpreendida com o facto de a Hackett London ter apenas 36 anos. Pensam que foi o meu pai ou o meu avô que começou o negócio, há 130 anos! Acho que já tem uma posição bem estabelecida, o que não é usual para uma marca tão jovem.


A Hackett London tem uma boa relação com o desporto e patrocina algumas equipas e competições no Reino Unido. Como é esta relação?


Ligámo-nos ao desporto pela primeira vez em 1986, quando patrocinámos a British Army Polo Team. Esta é uma excelente forma de nos relacionarmos com o consumidor, dá mais dimensão à marca. Não é só roupa, é todo um estilo de vida. No ano passado, patrocinámos pela primeira vez o Queens Tennis [Aegon Championships] e no próximo ano vamos patrocinar a equipa de Fórmula 1 Williams Team, da BMW. É uma óptima expansão para a Hackett e é uma boa oportunidade para ir a estes eventos e vê-los a partir de dentro! Não é a única razão, mas ainda assim, é uma boa razão.



Apesar de ser uma marca clássica, a Hackett London tem peças com muita cor.


Sim, isso é uma coisa muito inglesa. E os ingleses gostam de cor! Não tem muito a ver com moda, é mesmo a maneira como os ingleses gostam de conjugar as suas roupas. Há um lado muito excêntrico no estilo britânico e nós gostamos de reflectir isso.


E para a marca, qual é a verdadeira importância da cor?


A cor melhora tudo, torna as coisas mais interessantes, mais excitantes. Mas, no final do dia, mesmo que tenhamos peças cheias de cor, um homem vai entrar aqui e vai escolher o blazer blue navy!


Como definiria o homem Hackett?


Acho que é um homem que gosta de investir nas suas roupas. Não é alguém que está sempre a par das tendências, mas tem alguma atenção ao seu estilo. São homens que têm uma camisola favorita, um par de calças favorito e quando regressam à loja, dizem que querem outro igual. Não perseguem a moda a todo o momento. Querem algo novo, mas não demasiado novo, querem pequenas mudanças aqui e ali. São bastante clássicos, como eu!








Que peças são fundamentais no armário de um gentleman?


Bem, se usar o meu próprio armário, o blazer blue navy. Qualquer homem deve ter um. Pode ser um casaco blue navy de qualquer tipo, não tem necessariamente de ser formal. Acho que o blazer blue navy está para o homem como o little black dress está para a mulher! Pode usá-lo com calças de ganga, chinos, calções, calças cinzentas… O que importa é o corte, os materiais e a forma como assenta.


Estilo é…


Acho que é saber vestir bem, sem exageros.


Acha que menos é mais?


Sim, completamente!


Também tem um blog, o Mr Classic Blog, e um livro homónimo. Como é que surgiu esta ideia?


Uma vez, fui almoçar com o editor do The Independent e ele perguntou-me se não estaria interessado em escrever algo para eles, sobre moda, estilo ou outra coisa de que gostasse. Então escrevi cinco contos. Algum tempo depois, ligou-me e disse-me que iam imprimir as cinco histórias, em página dupla. Depois convidou-me para escrever a coluna Mr. Classic, que escrevi durante três anos. Algum tempo depois, a Thames & Hudson sugeriu editar o livro com base na coluna.



Também tem uma grande paixão pela fotografia.


Sim, gosto de tirar fotografias em todo o lado. Estamos neste momento a trabalhar numa exposição com as minhas fotografias, primeiro em Londres e, talvez, noutras cidades mais tarde.


O que é que mais gosta de fotografar?


Para começar, o meu cão. Mas também gosto de tirar fotografias a pessoas, a ruas… Hoje de manhã, por exemplo, tirei algumas fotografias a uns azulejos com um padrão muito interessante. Gosto de fotografar tudo aquilo que me chama a minha atenção.


Alguma vez procurou inspiração em fotografias para as suas criações?


Não, costumo procurar inspiração noutras coisas. A Hackett começou como um negócio de roupa vintage e ainda hoje continuo a visitar esse tipo de mercados, para ver se há algum casaco, um chapéu ou algo com um detalhe interessante. Depois, posso pegar nesse detalhe e incorporá-lo numa criação. Gosto da emoção da procura, porque nunca sabemos o que podemos encontrar! E é isso que torna tudo mais emocionante.


O que acha do estilo africano?


Há muitos africanos em Londres e têm todos um estilo muito cool. Acho que não há muita gente com tanto jeito para usar chapéus como os africanos! Acho que eles têm um jeito natural para combinar as suas roupas, eles dão-lhes vida, não as vestem apenas. São parte da sua personalidade.




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